Centro de Estudos
Teológico-Bíblico-Pneumatológico
(Fano - Assisi - Salvador Bahia)
Natureza e
finalidade do projeto
De caráter cultural, a
Associação se propõe de desenvolver uma atividade de estudo e pesquisa
associada a uma atividade didática e editorial. Poderão consequentemente seguir iniciativas de
caráter operativo e divulgativo. O compromisso cultural será
relativo à área teológico-bíblica, com particular atenção à área pneumatólogica
nos aspectos de reconhecida ‘atualidade’, especialmente em âmbito eclesial. De
forma específica, o compromisso da Associação poderá definir-se:
a) no plano de estudo:na elaboração de uma linha hermenêutica
original e inovadora em âmbito teológico, ao mesmo tempo que em linha com a
tradição eclesial, fazendo refluir os resultados numa própria Coleção de
textos;
b) no
plano didático, na
colaboração ativa com Institutos universitários, na Itália o no exterior, no
âmbito das sobreditas disciplinas;
c) no
plano prático, promovendo iniciativas operativas consequentes,
quais cursos de estudo, congressos, seminários, etc.
Em razão das suas finalidades,
a Associação poderá ser presente seja no território nacional que internacional,
podendo instituir e gerir sedes secundárias no exterior e entrar em colaboração
com instituições culturais que apresentem análogas finalidades.
Nota
A Associação entende continuar
a atividade já desenvolvida pela precedente Associação denominada «Centro de
Estudos bíblico, teológico, carismatológico Il Presidio», constituída em
Associação legal em Fano em data 27 maio 1983 (Notário: L. Benini); erigida em
«Associação Canónica para a Diocese de Fano, Fossombrone, Cagli, Pergola» no 30
julho 1988 (Bispo Mons. M. Cecchini), no mesmo espírito e nas mesmas
substanciais finalidades em respeito e obtenção ao projeto originário da
obra e das vontades testamentarias da falecida co-fundadora e benfeitora
Srta. Luisa Servigi.
Logomarca
A logomarca da Associação é
representado por uma imagem duma pedra em baixo-relevo com a inscrição «Il
Presidio, Centro de Estudos Teológico-Bíblico-Pneumatológico» (cfr. capa).
Sedes
A Associação tem sede primária
em Fano (PU), Via del Carmine, n. 3. Sedes secondárias em Salvador Bahia
(Brasil), Rua Pedra Azul n. 9, Escada e Assisi (PG), Via S. Fortunato 1.
Tel. Italia: 339-3116323;
Brasil: 0055 71 91139622.
E-Mail: ilpresidio@libero.it.
Conselho Diretivo
O Conselho Diretivo é formado
de um mínimo de três a um máximo de sete membros. Em razão do caráter
‘ecumênico’ da Associação, poderão ser admitidas no Conselho Diretivo e entre os Sócios pessoas de outra nacionalidade.
Sócios
Os Sócios poderão
distinguir-se em: fundadores, ordinários, benfeitores, honorários. “Sócios fundadores” são aqueles constituíram a
Associação; “Sócios ordinários” são aqueles que participarão ativamente à
Associação promovendo as suas finalidades. Conforme o degrau de compromisso
poderão distinguir-se em “Animadores”, enquanto promotores ativos e estáveis e
“Colaboradores”, enquanto disponíveis, também ocasionalmente, a atividades de
serviço a favor da Associação. “Sócios benfeitores” são aqueles que aderirão
à Associação sustentando sua atividade institucional de várias formas
(doações, etc.) “Sócios honorários” são aqueles que aderirão à Associação honrando sua imagem por particulares méritos o notoriedade. Além de
Sócios, são reconhecidos também os Amigos que, sem um compromisso particular,
acompanham em sua vizinhança a Associação no cumprimento de suas finalidades.
Presidente atual: prof. dr. Francesco
Bindella.
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Pubblicações
Collectio “Praesidium
Assisiense”,
pelas Edições Porziuncola de Assis
La rivelazione del Nome divino
“sul roveto”; Saggio ermeneutico su Lc 20,37-38 in rapporto a Es 3,14 ed estensioni
teologico-spirituali concernenti la Cristologia; Assisi 1993; pp. 286.
Melchisedek alla luce della rivelazione del Nome divino,
Sacerdozio, Regalità, Profezia
all’origine; Assisi
1993, pp. 108.
La Pentecoste alla luce della
rivelazione del Nome divino
Rivisitazione ermeneutica di Atti
2,1-13, il paradigma dell’Ut Unum Sint; Assisi 1995, pp. 270.
Il fondamento del Nome,
fondazione di Pneumatologia; Esposizione sintetica; Assisi 1998; pp. 77.
Para a Coleção «Libri di Vita»
Preghiera di frontiera; Il
passaggio dalla meditazione alla contemplazione nella dottrina di S. Giovanni
della Croce; Assisi
1992, pp. 62.
De iminente publicação:
La Fondazione Giovannea: il
progetto e la sua fondamentazione biblica vetero e neotestamentaria
Saggi ermeneutici
Collectio «Praesidium
Bahiense»
Pelas «Edições São Bento», da
Faculdade Teológica São Bento de Salvador Bahia (Brasil)
Teologia Bíblica Fundamental - O Fundamento do Nome revelado
(Ex 3,14); Exposição sintética; pp. 98, Salvador Bahia, 2003.
Fome da Palavra - VIa Semana de Mobilização Científica
da Universidade Católica do Salvador; Texto do Minicurso; pp. 98,
Salvador Bahia, 2004.
Ensaios hermenêuticos
Para a
Revista «Análise e Síntese» da Faculdade São Bento da Bahia
«Análise e Síntese no conhecimento teologal. A
relação "Conhecimento e Amor" na base da relação entre Teologia e
Espiritualidade e entre Exêgese e Espiritualidade»; I, 75-86.
«Atualidade da Pneumatologia na reflexão teológica
e na experiência espiritual da Igreja»; III, 75-90.
«A pessoa na Bíblia e na Espiritualidade», Ano 6,
1°Sem. 2008.
O Presidio
uma fundação
in nomine Nominis
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As razões
teológicas
A)
O Fundamento do Nome
1. A teologia do Presidio assume,
como ponto de partida de sua reflexão, a revelação do Nome em Ex 3,14-15. A
chave de leitura proposta (na tese de doutorado, em 1991) foi apreciada pelo
Card. J. Ratzinger que, numa carta pessoal (20.12.1993), encorajou esta
pesquisa «a serviço de toda Igreja».
A mesma apreciação haviam
expressado, antecedentemente, os Bispos que tinham dado aprovação canónica ao
projeto (cfr. documentação anexa).
2. O Nome revelado na teofania da Sarça Ardente: o «Eu Sou»,
não somente representa o vértice da revelação veterotestamentaria, mas também
da revelação neotestamentaria. Jesus assume declaradamente esta identificação:
«Ego Eimi» («Eu Sou»), querendo assim significar a
sua identidade messiânica e natureza divina.
No juízo dos Judeus ortodoxos, foi essa uma ousadia
(se não blasfêmia) que se tornou razão de sua condenação. Afinal, a razão
radical de sua ‘ida’ pelo Mistério Pascal - mistério de morte/ressurreição - se
encontra justamente aqui, no «Eu Sou».
Foi assim que, na ultima ceia, ele pôde resumir o
sentido de toda a sua missão terrena simplesmente na manifestação do
Nome do Pai: «manifestei teu Nome aos homens…» (Jo 17,6), a manifestação
do Nome tendo correspondência com a sua identificação
no mesmo Nome.
3. Este aspecto unificante dos dois
Testamentos in nomine Nominis, junto com o valor cristológico-messiânico
assunto pelo «Eu Sou» no NT («fórmula
central da Cristologia joanina»; J. Ratzinger), na fé e no projeto do
Presídio, merece ser retomado e ulteriormente aprofundado e desenvolvido. Daqui
o compromisso de pesquisa, na revisitação de temáticas
bíblicas, teológicas e espirituais, à luz do fundamento do Nome e na confluência dos
resultados de estudo numa específica Coleção de textos («Collectio
Praesidium»).
4. O Presidio aponta também a situação
crítica das versões bíblicas ordinárias que parecem não perceber o peso
teológico da identificação de Jesus no «Eu
Sou», trocando indiferentemente esta expressão com um “sou eu” no
valor de simples identificação psicológica. (O aspecto crítico é ulteriormente
agravado quando, nos rituais litúrgicos, esta versão vai ser solenemente
declamada como “Palavra de Deus”!).
Daqui o compromisso de
trabalho do Presidio na revisão quanto mais ampla e cuidadosa do texto bíblico,
no esforço de apontar para a pureza da Palavra que so pode evidenciar a sua
propria riqueza.
B)
O Kerigma do Nome
1. Com o início da atividade
apostólica, o Nome se torna objeto de kerigma, e o kerigma do Nome
se propõe estar co-naturalmente ligado ao kerigma do Espírito (At 3 e 4;
At 8,14-17).
Em todos os casos em que Pedro é chamado a ‘lidar’
com o Nome e o Espírito, João está ao seu lado e - com a sua
‘ótica’ tão penetrante na área pneumatológica e escatológica - é de
ajuda para Pedro entender e reconhecer o que ele, sozinho e com a sua ‘ótica’,
não teria atingido. Se torna evidente que a questão do «Eu Sou» encontra um limite na sua
compreensão (Jo 21,7).
Um olhar abrangente sobre o relacionamento dos
dois, nos Evangelhos e Atos, pode bem evidenciar este aspecto de complementaridade
do carisma joanino em relação ao carisma petrino. Pedro precisa desta proximidade
e complementaridade de João, não somente para ampliar a sua visão, mas
também para saber orientar seus rumos «para com as novas metas da história
cristã, para com o seu porto escatológico» (Paulo VI, 4.9.’74).
2. «Sob a guia do mesmo Espírito, a
Igreja tem redescoberto como constitutiva de si mesma a dimensão carismática...».
A afirmação do Papa João Paulo II (30.5.1998) bem
enfatiza o aspecto de re-conhecimento da complementaridade da componente
profético-carismática em relação à componente apostólica.
Conforme a notória fórmula paulina de Ef 2,2: «Superedificados
sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, do mesmo Cristo Jesus sendo (ele) pedra angular», a fundamentação da Igreja não
é colocada na componente apostólico-profética (indiferenciada) e sim nas
componentes apostólica e profética (diferenciadas e juntas). E’
aqui destacada com clareza e incisividade uma distinção que supõe uma
complementaridade e uma complementaridade que supõe uma distinção.
A afirmação do Papa se põe em resgate da componente
“carismática” como “constitutiva” da
Igreja, deixando implicitamente suposto o limite senão a impropriedade de uma
‘absorção’ na componente apostólica (como pode ter acontecido ao
longo do percurso histórico) assim de constituir uma composição híbrida apostólico-profético que não tenha fundamentação
bíblica.
3. Compromissos decorrentes desta «re-descoberta
da dimensão carismática como constitutiva da Igreja», entram na pauta de
trabalho do Presidio:
a) do ponto de vista teológico em
primeiro lugar (como já vimos) e com viva atenção à “carismatologia”
contemporânea nos aspectos fenomenológicos assim como nos conteúdos teológicos;
b) do ponto de vista pastoral
em segundo lugar, na promoção de iniciativas de valorização da componente
carismática na
Igreja; de forma específica, na promoção da causa do discernimento dos
carismas conforme o convite paulino: «Não extingais o Espírito; não
desprezeis as profecias; examinai tudo; retende o (que é) bom» (1 Ts
5,19-21).
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