martedì 30 settembre 2014

A IMPORTÂNCIA DO NOME DIVINO NO ÂMBITO BÍBLICO


"EHJEH 'ASER 'EHJEH"
'SOU QUEM SOU'



Na fé hebraica e cristã e também islâmica, a revelação do Nome divino “EHJEH ‘ASER ‘EHJEH” = “SOU AQUELE QUE SOU” na teofania da ‘sarça ardente’, representa em todo o arco do Antigo Testamento o degrau supremo da revelação que o Deus de Israel tinha participado ao homem. Também, dos vários nomes divinos veterotestamentários: ‘ELOHIM, JHWH, EL SHADDAY, etc, ele é o único que tinha sido objeto de uma revelação específica já que, em todo o arco da Escritura, nunca mais ele recorrerá nesta sua completa formulação.

Desde o início desta pequena exposição, será conveniente recordar a importância significativa que o nome apresentava no âmbito da cultura hebraica e no uso bíblico. Mais do que um apelativo convencional linguístico, ele era considerado como expressivo da íntima essência da pessoa (ou coisa) designada, tanto que podia manter-se válido o dito: “Dize-me como te chamas e eu te direi quem és”, ou então: “A pessoa é como se chama”.

Um exemplo emblemático, comumente aduzido, é aquele de Nabal que significa ‘estulto’: “Nabal é o seu nome – lê-se em 1Sm 25,25 – e estultícia (nebalah) está com ele”.

Desde o início do texto bíblico, os nomes pessoais apresentam um significado essencial, são expressivos da natureza íntima da pessoa designada e do particular papel que ela exerce no quadro da ‘história salutis’ (assim Eva: Gn 3,20; Caim: Gn 4,1; Noé Gn 5,29; a cidade de Babel: Gn 11,9 etc).

As histórias dos patriarcas apresentam explicações etimológicas abundantes: Isaac recorda a risada de Abraão (Gn 17,17) e Sara (18,12;21,6); Jacó é aquele que astutamente agarra o calcanhar (Gn 25,26; 27,36; Os 12,4) e o seu irmão Esaú se chama Edom, porque era avermelhado (‘adômî: Gn 25,25) e tomou a ‘sopa avermelhada’ (25,30).

“Podemos assim dizer – escreve H. Bietenhard à conclusão de um exame sobre o significado do nome para as outras religiões em geral - que o nome é uma potência estritamente conexa com aquele que o carrega e que faz conhecer a essência; quando o nome é prenunciado ou invocado, a energia potencial de que é composto se transforma em energia atual”. “O nome não é somente uma designação; é a essencialidade reduzida à palavra”.

Há inclusive, alguns casos em que o próprio JHWH intervém para mudar o nome a um eleito: é o caso de Abraão (de ‘Abram a ‘Abraham: Gn 17,5), Sara (de Saray a Rarah: Gn 17,15) e de Jacó (de Ya’aqob a Yisra’el: Gn 32,28), enquanto para Isaac dá-se a imposição de nome no nascimento (Yitschaq Gn 17,19).

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